segunda-feira, 11 de abril de 2011

Um nada tão profundo que parece supreficial

Seria possível desenhar este vazio?
Ser seria, mas eu sou uma merda a desenhar.
Podia escrever , mas sou igualmente uma merda com as palavras.
Procuro consolações perdidas , e deparo-me nas entrelinhas com os erros do passado em palavras novas, e em homens novos.
Encarno diariamente numa personagem que detesto, mas que é a unica que conheço bem o sufeciente para representar.
Procuro-te em todos eles, em cada noite em cada toque, odeio-me por te amar tanto.
E por procurar tanto e apenas encontrar pedaços de ti,que encontro; provavelmente parasitas em mim reflectidos neles.
Perguntam-me a toda a hora porque me estou a rir, se eles soubessem o que vai na minha cebça desmaiavam.
è tudo tão pouco:
é pouco o sexo
é pouco o cigarro
é pouca a conversa
ainda menos o entendimento.
Que puta de consolação.
a consolação é uma puta prudente
mantem-se imovel estática
ainda assim consegue impedir-me de viver
morra a consolação a prudência e o medo
morra o mundo, morram as pessoas, morra tudo, morra PIM!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A vontade

Assim que escrever passou a ser uma coisa que eu tenho de fazer, perdeu todo o fascínio.
Até agora pelo menos, em que a necessidade de expor a minha falta de vontade de escrever por obrigação me fez escrever.
Parece que desde o momento em que eu tenho de escrever um texto a ser apresentado numa data a um publico já nada jorra de dentro.
Todas as coisas quotidianas e pequenas se tinham apoderado das temáticas dos meus textos...Estavam mais que cheios de lugares comuns, cheios de algo que eu realmente não queria escrever