terça-feira, 18 de novembro de 2008

LIBERDADE

Criar só é possível com liberdade, liberdade essa pouco presente no nosso ensino.
A arte não se faz com programas nem nada nasce forçado nem as crianças quanto mais os quadros a poesia e o próprio teatro
O prémio Nobel da literatura é menosprezado por ser dado como leitura obrigatória, o próprio nome obrigatório já e pejorativo quando se trata de arte.
Nada devia ser obrigatório nada pelo menos que esteja inserido no saber. O saber só é verdadeiro quando é por vontade e não por obrigação.
Um espírito fechado pode ler pessoa a não ver nada assim como esse mesmo espírito fechado pode noutra vertente ser um artista.

Estudar só faz sentido quando realmente se quer aprender, E saber só faz sentido quando se quer saber. Assim como amar só faz sentido quando se é amado
Porque um amor platónico é como um bom professor com um mau aluno ou vice-versa
E um amor platónico apesar de muito inspirador é pouco saudável na vida real.
E a arte só tem sentido quando vai de encontro a vida e não contra ela.

Porque me obrigam a gostar de música clássica quando é no rap que me encontro
Porque acham que eu devo ser de direita se as minhas ideologias estão presentes na esquerda
Porque me impingem o cristianismo se a única religião onde encontro verdade e no budismo, budismo esse que nem é uma religião mas sim uma filosofia.
Porque nos mandam ler o memorial do convento se eu adoro o ensaio sobre a seguira.
Porque e que nos estipulam horários se não e neles que eu gosto de fazer o que tem de ser feito
Porque é que a cima de tudo não nos dão liberdade?

Liberdade de criar sem: regras, gramáticas, sem estéticas Aristó ou pseudo-aristotélicas sem cânones sem nada.
Porque é que o quadrado branco em quadrado branco é arte e este texto não pode ser. Porque é que um cão atado por uma corda a uma parede de uma conceituada galeria de arte, é um objecto artístico chamado A MORTE ,e não é o crime que se encontra explicito no nosso código penal?

Se é isto que fazemos com a liberdade que temos, não nos dêem esta liberdade falsa, neste big brother de ensino computorizado. Onde por mais doutores analfabetos que formem, eu acredito que nas sete quinas estará sempre representando: A pintura, o cinema, o teatro, a musica, a dança e a literatura .
E acredito também, que, por mais atrocidades que sejam cometidas neste pais, uma elite prevalecerá, Mantendo a liberdade pelo menos, dentro das suas próprias cabeças.

vanda rodrigues

3 comentários:

Gaius disse...

O teu texto não é arte porque não tem fundamento palpável a não ser uma crise existencial. De resto os erros que cometes com a tua própria língua também não te ajudam muito. Liberdade? É um tema bastante complexo... Dizer que ser livre é só fazer aquilo que apetecer é limitar a dimensão do conceito.

André Santos disse...

Gostei do texto, concordo contigo em quase tudo o que disseste, concordo que não vai ser obrigando e forçando os jovens de hoje em dia a estudarem e a lerem que estes vão aprender seja o que for... Também acho que não vai ser assim que se vai criar algo unico, afinal é disso que penso que aqui se fala, a criação de uma obra de arte seja ela qual for tem que ser unica, e julgo que a criação de tal realmente precisa de liberdade sem ela acabariamos por criar fotocopias vazias...

Deveria haver liberdade de escolha... Acho que o Teseu não está tão correcto assim, dizer que ser livre é só fazer aquilo que apetecer não é limitar a dimensão do conceito de liberdade, afinal como o limitamos sequer? Estamos a dizer que tendo liberdade total de escolha podemos escolher apenas as que nos apetece, não estamos a limitar assim as escolhas logo não estamos a limitar a liberdade da sua existência. Afinal se num mundo utopico onde a sociedade não anulasse a liberdade total, teriamos a escolha de estudarmos, aprender ou nada disto sequer... A opção de o fazermos ou não isso já dependia de nós...

O problema coloca-se que a sociedade de hoje limita a liberdade chegando mesmo a anula-la... Quando este processo se iniciou era um processo perfeito pois não era muito vasto simplesmente limitava a liberdade de cada um não podendo esse ultrapassar a liberdade de outros... Actualmente... A liberdade é manipulada para se ganhar dinheiro, agências de publicidade fazem isso todos os dias, colocam um produto numa novela torna-se moda e temos que o comprar se queremos-nos manter no grupo social... Passamos de seres humanos livres para cavalos de corrida que tudo fazem para se manterem na corrida, onde um grupo de pessoas manipuladoras se diverte a brincar com estes cavalos para ganhar dinheiro...

E bem acho que me deixei levar um pouco... Lamento pelo tamanho com que isto ficou... Gostei imenso deste blog! Espero que continues a escrever!

Gaius disse...

Acho que o que parece faltar nessa transmissão de ideias é a imagem que é criada pela autora do texto. Acho que o seu comentário tem razão de ser, embora não discorde do meu. Mas pensando saber a superficialidade da razão que levou a todo este "over-acting" escrito, afirmei que não havia fundamento palpável em tudo isto. E acho que o que a autora fez foi limitar o conceito dizendo que Liberdade é igual a fazer o que apetecer - e Como é possível limitar o conceito?
É fazendo como ela fez, dizer que 5 é igual a 2. O que eu quero dizer com isso é que o conceito de Liberdade é mais profundo do que o da apetência própria, para não dizer que no conceito de Liberdade não existe a mesquinhez do conceito da apetência própria. E nem a própria anarquia é assim tão reduzida.
Voltando ao que toca a autora, acho que pensar bem não justifica manipular os pensamentos para justificar incapacidades. Apesar de ter boa aparência, o interior não deixa de ser oco.